O beijo do vampiro

Ele, como um lobisomem, encontrava-se á janela a adorar a lua cheia que iluminava toda a enevoada floresta. Sentia-se vazio, sem proposito na vida. Queria viver para sempre, mas não na solidão em que se encontrava.

Hipnotizado com aquela luz, nem se deu conta das nuvens negras que se aproximavam, e que depressa enegreceram tudo á sua volta. Sentiu arrepios, e uma ligeira respiração no seu ombro.

A luz voltou, a lua iluminou tudo outra vez. Ali, desligou-se da lua e ficou paralizado a olhar para uma cara esguia, pálida.

Cabelos longos, ondulados e negros, assim como os olhos da cor do ébano. Os lábios grossos e vermelhos como o sangue, dentes extremamente brancos e um sorriso malicioso no canto da boca.

Era linda, e por mais medo que sentisse, era a paixão que comandava o ritmo do seu coração.

Ela, sabendo do desejo daquele humano, e admirando a sua coragem perante tal morcego, beijou-o apaixonadamente, sensualmente, qual dracula sedento.

Por fim, o beijo vampirico, mordido, a vida eterna, a noite, a lua, o sangue.